A Fuga das Minhocas


Você já conhece a Ana Beatriz de Souza e Souza? Pois ela é a personagem principal do livro que escrevi sobre compostagem – e que inspirou esse blog. A Fuga das Minhocas, ilustrado pelo grande Orlando Pedroso, conta a história de um grupo, liderado pela espevitada Ana Beatriz, que foge de um herbário e acaba conhecendo a, literalmente, dura realidade de São Paulo. Ela tem nome de princesa, porte de modelo, mas é apenas uma minhoca. Apenas?!? Parece que quem está escrevendo esse blog não sabe a importância desse animalzinho na cadeia alimentar...




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Jardins em Buracos


 
O inglês Pete Dungey inventou uma forma criativa – e útil – para chamar a atenção das pessoas e das autoridades para os buracos, essas armadilhas que estragam as ruas de Londres. Ele passou a tapá-los com mini jardins. Depois foi postando fotos dos jardins no blog, incentivando outras pessoas a fazer o mesmo. Hoje mantém uma página onde coloca imagens que vai recebendo de experiência replicada. E o projeto rendeu em livro: The Little Book of Little Gardens (O Pequeno Livro de Pequenos Jardins).

Fonte: http://www.hypeness.com.br/2013/09/ingles-tapa-buracos-nas-ruas-de-londres-plantando-pequenos-jardins/


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Beba desta água e faça parte dela

Há bem mais de uma década, Hiroshi e Sandra plantam um belo sonho: a Ecovila Clareando (http://www.clareando.com.br), em Piracaia, interior de São Paulo. Hoje há varias casinhas e muita gente boa construindo junto o ideal de viver em harmonia com a Terra. Caso de Léia Maria Fontes, que nos oferece um tocante relato: 
“Hiroshi disse pra levar uma garrafa com água da nascente pra beber em São Paulo, pois, assim, íamos conhecendo a água, a água ia nos conhecendo e aos poucos íamos pertencendo a este lugar. Depois construí uma casa aproveitando a chuva que cai no telhado, o quentinho do sol pra esquentar a água, cuidando do esgoto e aproveitando essa água já quase limpa e nutritiva para as árvores. Quando fui pensar em como aproveitar a água do telhado, sorri, porque fazer aquela economia já fazia parte de mim. Em geral a gente não se preocupa com a água: abrimos a torneira e ela está lá. Mas em Tanque Novo, povoado onde morava meu avô e onde passei férias na infância, a água era preciosa. A água de beber chegava no lombo do jegue de 15 em 15 dias (mais tarde, vieram os carros-pipa); pra lavar a louça, tomar banho e outros usos tinha que ir buscar no tanque represado, ou pegar a água do telhado. Assim, na casa do vovô Guilhermino costumava, e ainda hoje é assim, ter uns potões de cerâmica em cada extremidade do telhado. Essa água rendia!
Então essa preocupação com a água era minha velha conhecida; assim como esta água daqui da fonte que eu fui aos poucos conhecendo e me dando a conhecer.
Hoje a educação virou “educação ambiental”— é assim mesmo; quando estamos distantes e precisamos retornar, quando precisamos reaprender, nomeamos; olhamos aquilo de fora e damos um nome. Penso muito nessa “educação”: quando e como nossas crianças e nossos jovens vão ter aquele clique que muda tudo; aquela compreensão que é visceral e que nem precisa de prova; é como se o aluno dissesse ‘professora, não precisa mais explicar, já entendi’. Quando vamos fazer aquela água fazer parte das nossas crianças, assim como o Hiroshi me fez compreender com todo o meu ser o que era beber daquela água? Como vamos ajudá-los a acessar esse algo tão precioso em cada um deles, e mostrar-lhes o cuidado que devem ter com a terra, com o planeta, assim como a mãe que cuida do seu bebê, e não é necessário ninguém dizer a ela que aquele bebê precisa de cuidados?  Eis aí o grande desafio!
Pertencer, fazer parte, integrar, integral, inteiro, íntegro, orgânico.

Educar para ser. Educar para ser inteiro, e não pela metade. Porque, quando se é inteiro, ou se busca essa inteireza, quando as tempestades vierem, elas te balançam, mas elas não te derrubam.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quer economizar? Reduz o tamanho da embalagem!

Outro dia, um vendedor da farmácia me entregou um panfleto de uma campanha para redução de impostos de medicamentos. A propaganda, claro, promete “remédios mais baratos”. Convenhamos: a indústria que menos precisa de incentivo fiscal é a farmacêutica! Com lucros estratosféricos e com uma clientela cada vez maior (hoje quase todo mundo toma algum tipo de remédio!), essa indústria da doença definitivamente não precisa de ajuda do governo. Tenho, porém, uma sugestão para reduzir gastos e baixar preços: produzir embalagens de acordo com o tamanho do conteúdo. As caixas deveriam ser bem menores, os frascos e cartelas idem. Muitos produtos ainda podem ser vendidos no esquema refil. Bom para a indústria, para o consumidor e para o planeta!